Liturgia Diária

Jesus nos ensina a viver a ética da palavra

Por isso, Jesus pôs um basta no juramento, pura e simplesmente.

Dessa maneira, o discípulo Jesus não tem necessidade de jurar, pois age com transparência.

Oração do dia
Ó Deus, fonte de todo bem, atendei ao nosso apelo e fazei-nos, por vossa inspiração, pensar o que é certo e realizá-lo com vossa ajuda. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

Leitura (2 Coríntios 5,14-21)

O amor de Cristo nos constrange, considerando que, se um só morreu por todos, logo todos morreram.

Sim, ele morreu por todos, a fim de que os que vivem já não vivam para si, mas para aquele que por eles morreu e ressurgiu.

Por isso, nós daqui em diante a ninguém conhecemos de um modo humano.

Muito embora tenhamos considerado Cristo dessa maneira, agora já não o julgamos assim.
Todo aquele que está em Cristo é uma nova criatura.

Passou o que era velho; eis que tudo se fez novo!
Tudo isso vem de Deus, que nos reconciliou consigo, por Cristo, e nos confiou o ministério desta reconciliação.

Porque é Deus que, em Cristo, reconciliava consigo o mundo, não levando mais em conta os pecados dos homens, e pôs em nossos lábios a mensagem da reconciliação.

Portanto, desempenhamos o encargo de embaixadores em nome de Cristo, e é Deus mesmo que exorta por nosso intermédio.

Em nome de Cristo vos rogamos: reconciliai-vos com Deus!
Aquele que não conheceu o pecado, Deus o fez pecado por nós, para que nele nós nos tornássemos justiça de Deus.
Palavra do Senhor.

Pois, todo aquele que está em Jesus Cristo é uma nova criatura.

Salmo Responsorial 102/103
O Senhor é indulgente, é favorável.

Bendize, ó minha alma, ao Senhor,
e todo o meu ser, seu santo nome!
Bendize, ó minha alma, ao Senhor,
não te esqueças de nenhum de seus favores!

Pois ele te perdoa toda culpa
e cura toda a tua enfermidade;
da sepultura ele salva a tua vida
e te cerca de carinho e compaixão.

O Senhor é indulgente, é favorável,
é paciente, é bondoso e compassivo.
Não fica sempre repetindo as suas queixas
nem guarda eternamente o seu rancor.

Quando os céus por sobre a terra se elevam,
tão grande o seu amor aos que o temem;
quando dista o nascente do poente,
tanto afasta para longe nossos crimes.

Inclinai meu coração às vossas advertências e dai-me vossa lei como um presente vantajoso! (Sl 118,36.29)

Evangelho (Mateus 5,33-37)

Naquele tempo, disse Jesus: “Ouvistes ainda o que foi dito aos antigos: Não jurarás falso, mas cumprirás para com o Senhor os teus juramentos.

Eu, porém, vos digo: não jureis de modo algum, nem pelo céu, porque é o trono de Deus; nem pela terra, porque é o escabelo de seus pés; nem por Jerusalém, porque é a cidade do grande Rei.

Nem jurarás pela tua cabeça, porque não podes fazer um cabelo tornar-se branco ou negro.

Dizei somente: ‘Sim’, se é sim; ‘não’, se é não. Tudo o que passa além disto vem do Maligno”.
Palavra da Salvação.

Por isso, Jesus nos ensina a viver a ética da palavra

Na liturgia desta sábado Jesus nos motiva como verdadeiramente devemos viver a ética da palavra.

Assim, vemos que o mandamento antigo permitia o juramento, desde que não fosse falso e se cumprisse o juramento feito.

Para não infringir o 2º mandamento, recorria-se a certos eufemismos, a fim de encobrir a referência a Deus.

Por isso, jurava-se pelo Céu, pela Terra, por Jerusalém.
Dessa forma, a invocação de Deus ou de outros elementos visava reforçar a palavra dada, de forma a criar confiança e um senso de segurança entre as pessoas.

Assim, dava-se às palavras humanas um tom de seriedade e credibilidade.

Jesus pôs um basta a tudo isto, proibindo o juramento, pura e simplesmente.

Dessa maneira, o discípulo do Reino não tem necessidade de jurar, pois age com transparência, sem a menor intenção de enganar seus semelhantes.

Daí ser desnecessário lançar mão de juramentos para fazer-se credível.
Pois, sua boca fala o que traz no coração, sem necessidade de reforçar suas palavras com juramentos.

Nesse sentido na perspectiva do Reino, as palavras supérfluas são intoleráveis, e a mentira, obra do Maligno.

Este é quem move o ser humano a inverter o sentido das palavras, encobrir-lhes o significado verdadeiro, não permitindo que a verdade transpareça.

Portanto, é claro que o discípulo do Reino é sóbrio no falar. Cada palavra que pronuncia, assume seu sentido pleno.

Seu sim é sim, seu não é não. E as sugestões do Maligno não encontram guarida em seu coração.

Oração
Espírito de sobriedade, sejam minhas palavras plenas de transparência e sinceridade, a fim de que eu fale sempre o que corresponde à verdade.