Liturgia Diária

A morte de cruz sob nova luz mesmo na dor

Assim, vemos a morte de cruz sob um novo olhar.

Pois, com a morte de cruz compreendemos o sentido e o fim de nossa fé.

Liturgia do Dia 11 de Abril – Sábado
VIGÍLIA PASCAL (Branco, Glória, Prefácio da Páscoa I – Ofício Próprio)
Antífona de Entrada
A celebração da Vigília Pascal inicia com a saudação do Presidente, diante da Igreja, em torno do fogo aceso

Oração do dia
Ó Deus, que iluminais esta noite santa com a glória da ressurreição do Senhor, despertai na vossa Igreja o espírito filial para que, inteiramente renovados, vos sirvamos de todo o coração. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho na unidade do Espírito Santo.

“Façamos o homem à nossa imagem e semelhança.

Leitura (Gênesis 1,1.26-31 (versão breve))
Leitura do livro do Gênesis.

No princípio, Deus criou os céus e a terra.
Então Deus disse: “Façamos o homem à nossa imagem e semelhança.
Que ele reine sobre os peixes do mar, sobre as aves dos céus, sobre os animais domésticos e sobre toda a terra, e sobre todos os répteis que se arrastem sobre a terra.”
Deus criou o homem à sua imagem; criou-o à imagem de Deus, criou o homem e a mulher.
Deus os abençoou: “Frutificai, disse ele, e multiplicai-vos, enchei a terra e submetei-a.

Dominai sobre os peixes do mar, sobre as aves dos céus e sobre todos os animais que se arrastam sobre a terra.”

Deus disse:
“Eis que eu vos dou toda a erva que dá semente sobre a terra, e todas as árvores frutíferas que contêm em si mesmas a sua semente, para que vos sirvam de alimento.
E a todos os animais da terra, a todas as aves dos céus, a tudo o que se arrasta sobre a terra, e em que haja sopro de vida, eu dou toda erva verde por alimento.”
E assim se fez. Deus contemplou toda a sua obra, e viu que tudo era muito bom.
Sobreveio a tarde e depois a manhã: foi o sexto dia.
Palavra do Senhor.

Bendize, ó minha alma, ao Senhor!

Salmo Responsorial 103/104
Enviai o vosso Espírito, Senhor,
e da terra toda a face renovai.

Bendize, ó minha alma, ao Senhor!
Ó meu Deus e meu Senhor, como sois grande!
De majestade e esplendor vos revestir
e de luz vos envolveis como num manto.

A terra vós firmastes em suas bases,
ficará firme pelos séculos sem fim;
os mares a cobriam como um manto,
e as águas envolviam as montanhas.

Fazeis brotar em meio aos vales as nascentes
que passam serpeando entre as montanhas;
às suas margens vêm morar os passarinhos,
entre os ramos eles erguem o seu canto.

De vossa casa as montanhas irrigais,
com vossos frutos saciais a terra inteira;
fazeis crescer os verdes pastos para o gado
e as plantas que são úteis para o homem.

Quão numerosas, ó Senhor, são vossas obras,
e que sabedoria em todas elas!
Encheu-se a terra com as vossas criaturas!
Bendize, ó minha alma, ao Senhor!

A morte de cruz.

Leitura (Romanos 6,3-11)
Leitura da carta de são Paulo aos Romanos.

Irmãos, ou ignorais que todos os que fomos batizados em Jesus Cristo, fomos batizados na sua morte?
Fomos, pois, sepultados com ele na sua morte pelo batismo para que, como Cristo ressurgiu dos mortos pela glória do Pai, assim nós também vivamos uma vida nova.
Se fomos feitos o mesmo ser com ele por uma morte semelhante à sua, sê-lo-emos igualmente por uma comum ressurreição.
Sabemos que o nosso velho homem foi crucificado com ele, para que seja reduzido à impotência o corpo (outrora) subjugado ao pecado, e já não sejamos escravos do pecado.

(Pois quem morreu, libertado está do pecado.)

Ora, se morremos com Cristo, cremos que viveremos também com ele, pois sabemos que Cristo, tendo ressurgido dos mortos, já não morre, nem a morte terá mais domínio sobre ele.
Morto, ele o foi uma vez por todas pelo pecado; porém, está vivo, continua vivo para Deus!
Portanto, vós também considerai-vos mortos ao pecado, porém vivos para Deus, em Cristo Jesus.
Palavra do Senhor.

Não está aqui: ressuscitou como disse.

Evangelho (Mateus 28,1-10)
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Marcos.

Depois do sábado, quando amanhecia o primeiro dia da semana, Maria Madalena e a outra Maria foram ver o túmulo.
E eis que houve um violento tremor de terra: um anjo do Senhor desceu do céu, rolou a pedra e sentou-se sobre ela.
Resplandecia como relâmpago e suas vestes eram brancas como a neve.
Vendo isto, os guardas pensaram que morreriam de pavor.

Mas o anjo disse às mulheres: “Não temais! Sei que procurais Jesus, que foi crucificado.

Não está aqui: ressuscitou como disse. Vinde e vede o lugar em que ele repousou.
Ide depressa e dizei aos discípulos que ele ressuscitou dos mortos.
Ele vos precede na Galiléia. Lá o haveis de rever, eu vo-lo disse”.

Elas se afastaram prontamente do túmulo com certo receio, mas ao mesmo tempo com alegria, e correram a dar a boa nova aos discípulos.
Nesse momento, Jesus apresentou-se diante delas e disse-lhes:
“Salve!” Aproximaram-se elas e, prostradas diante dele, beijaram-lhe os pés.
Disse-lhes Jesus:
“Não temais! Ide dizer aos meus irmãos que se dirijam à Galiléia, pois é lá que eles me verão”.
Palavra da Salvação.

Comentário ao Evangelho

A morte de cruz sob nova luz mesmo na dor.

Primordialmente, vemos que a morte de cruz mergulhou os discípulos numa profunda desolação.
Assim, os ideais cultivados na convivência com o Mestre esvaíram-se.
Seu poder, sobejamente demonstrado nos milagres que realizou, diluiu-se na impotência a que fora reduzido ao ser pregado na cruz, sem ter como se defender.
Sua autoridade, por seu vez, manifestada no modo de falar e ensinar, pareceu desacreditada, ao ser Jesus reduzido à condição de maldito.
Bem como, a sua intimidade com o Pai pareceu ter sido de pouca valia, pois não se observou nenhuma manifestação divina a seu favor, quando se viu entregue nas mãos de seus algozes.

Dessa forma, o projeto de Reino, formidável na sua formulação, foi de água abaixo.

Nesse sentido, era insensato falar de justiça, fraternidade, partilha, num mundo onde o pecado brutalizara o coração humano, e a injustiça, a maldade e a prepotência pareciam ter a primazia.
Afinal, a desolação impedia os discípulos de considerar com clareza a morte de Jesus e de entendê-la em conexão com sua vida.
Diante disso, o olhar obnubilado impedia-os de pensar diversamente e de considerar a possibilidade da intervenção do Pai na vida de Jesus.

Afinal, não mostrara-se o Filho, de mil maneiras, absolutamente fiel a ele?

Sendo assim, a ressurreição abriu os olhos dos discípulos, permitindo-lhes reinterpretar a morte de Jesus sob nova luz.
Então, o humanamente insensato tomou um sentido novo, na perspectiva de Deus.
Por isso, urgia não se deixar abater pela desolação, mas olhar para além da cruz.

Oração
Pai, que eu não me deixe abater pela desolação provocada pela cruz, pois a vida do Filho Jesus está toda colocada em tuas mãos. Creio que não a deixaste perder, mas a ressuscitaste da morte.

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