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Possível variante inédita do coronavírus

Possível variante inédita do coronavírus é encontrada em amostras da Grande BH

UFMG e Grupo Pardini alertam para possível nova variante de SARS-CoV-2 circulando em BH e RMBH

Mutação do vírus é preocupação para médicos e cientistas

Mutação do vírus é preocupação para médicos e cientistas (Pixabay)

O laboratório de Biologia Integrativa do Instituto de Ciências Biológicas da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e o setor de pesquisa do grupo Pardini identificaram na Grande BH uma possível nova variante do novo coronavírus ‘ainda não descrita’ em nenhum país do mundo.

“A equipe sequenciou 85 genomas de SARS-CoV-2 de amostras clínicas coletadas da região metropolitana de Belo Horizonte e identificou dois novos genomas com uma coletânea de mutações ainda não descrita, caracterizando uma possível nova variante de SARS-CoV-2”, informa nota divulgada pelo laboratório Hermes Pardini.

O texto diz ainda que os resultados demonstram um aumento progressivo das variantes de preocupação de SARS-CoV-2 (P.1, P.2 e B.1.1.7) na região metropolitana de Belo Horizonte.  “Vale salientar que a mutação N501Y, presente nas linhagens P.1 e B.1.1.7, foi recentemente associada ao aumento de aproximadamente 60% no risco de mortalidade em indivíduos infectados no Reino Unido”.

“Dois dos 85 genomas avaliados, oriundos de amostras não relacionadas geograficamente, demonstram a presença de um conjunto único de 18 mutações nunca anteriormente descritas em genomas de SARS-CoV-2. Estudos genéticos demonstram que esses dois novos genomas, provavelmente oriundos da antiga linhagem B.1.1.28 circulante na primeira fase da pandemia na cidade, apresentam mutações em diversas regiões do genoma, incluindo novas mutações nas posições E484 e N501 compartilhadas pelas variantes de preocupação P.1, P.2, B.1.1.7 e B.1.1.351”, diz o texto.

Os dois novos genomas estão em amostras coletadas nos dias 27 e 28 de fevereiro de 2021 e não existem evidências de ligação epidemiológica entre ambas, como parentesco ou região residencial, o que reforça a plausibilidade de circulação desta nova possível variante.

longe de Deus.

Coronavac

Resultados preliminares de um estudo feito com 67.718 trabalhadores da saúde de Manaus mostram que a vacina contra a Covid-19 Coronavac tem 50% de eficácia na prevenção da doença após 14 dias da primeira dose. A pesquisa do grupo Vebra Covid-19 é a primeira a avaliar a efetividade do imunizante em um local onde a variante P.1 é predominante.

Ainda não há informações sobre a efetividade da vacina após 14 dias da segunda dose. Os pesquisadores vão coletar esses dados durante as próximas semanas para fazer a análise final.

A eficácia de 50% se refere a casos sintomáticos da doença. Em nota, o grupo responsável pelo estudo disse que os resultados são encorajadores e apoiam o uso da vacina. Os pesquisadores afirmam que também vão analisar a efetividade da Coronavac e da vacina de Oxford/AstraZeneca em idosos nas cidades de Manaus e Campo Grande e no Estado de São Paulo.

O grupo Vebra Covid-19, que estuda a eficácia das vacinas contra a doença no Brasil, reúne pesquisadores de instituições nacionais e internacionais, além de servidores da Secretaria de Saúde do Amazonas, Secretaria de Saúde de São Paulo, Secretaria de Saúde de Manaus e Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo.

Recentemente, um estudo de imunogenicidade feito no Chile com 190 pessoas mostrou que os vacinados com a Coronavac geram anticorpos necessários para combater o coronavírus, mas em baixa quantidade. Esses dados abriram a possibilidade de a vacina ser menos eficaz contra as novas variantes.

Fonte: Dom Total