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Desemprego cresce e atinge 14 milhões

Desemprego cresce e atinge 14 milhões de pessoas no Brasil, revela IBGE

Em apenas uma semana, houve aumento no número de desemprego, e redução no total de trabalhadores ocupados

Desemprego cresce e atinge 14 milhões, a taxa de desemprego no país subiu de 13,7% na terceira semana de setembro para 14,4% na quarta semana do mês, batendo recorde, segundo os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Covid (Pnad Covid-19), divulgados nesta sexta-feira (16), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em apenas uma semana, houve aumento no número de desemprego, e redução no total de trabalhadores ocupados. O resultado é mais alto desde que a pesquisa começou a ser feita, no início de maio.

O desemprego foi estimada em 14 milhões de pessoas na quarta semana de setembro, cerca de 700 mil a mais que o registrado na semana anterior, quando essa população totalizava 13,3 milhões.

O total de ocupados foi de 83 milhões na quarta semana de setembro, 700 mil a menos que o patamar da semana anterior, quando havia 83,7 milhões de pessoas ocupadas.

Cerca de 2,7 milhões de trabalhadores, o equivalente a 3,3% da população ocupada, estavam afastados do trabalho devido às medidas de isolamento social na quarta semana de setembro. O resultado representa cerca de 100 mil pessoas a menos que o patamar de uma semana antes, quando esse contingente somava 2,8 milhões ou 3,4% da população ocupada.

A população ocupada e não afastada do trabalho foi estimada em 77,9 milhões de pessoas, ante um contingente de 78,2 milhões de trabalhadores registrado na semana anterior.

Na quarta semana de setembro, 7,9 milhões de pessoas trabalhavam remotamente. Na semana anterior, havia 7,8 milhões de pessoas em trabalho remoto.

A população fora da força de trabalho – que não estava trabalhando nem procurava por trabalho – somou 73,4 milhões na quarta semana de setembro, cerca de 200 mil a menos que os 73,6 milhões registrados na semana anterior. Em relação ao desemprego, cerca de 25,6 milhões de pessoas, ou 34,8% da população fora da força de trabalho, disseram que gostariam de trabalhar. Aproximadamente 15,3 milhões de inativos que gostariam de trabalhar alegaram que não procuraram trabalho por causa da pandemia ou por não encontrarem uma ocupação na localidade em que moravam.

O nível de ocupação foi de 48,7% na quarta semana de setembro, ante 49,1% na semana anterior. A proxy da taxa de informalidade ficou em 34,2% na quarta semana de setembro, ante 33,6% na semana anterior.

A taxa de participação na força de trabalho (56,9%) na semana de 20 a 26 de setembro ficou estável frente à da semana anterior (56,9%) e à primeira semana de maio (55,2%).

A população fora da força de trabalho (que não estava trabalhando nem procurava por trabalho) era de 73,4 milhões de pessoas, mantendo-se estável frente à semana anterior (73,6 milhões) e à semana de 3 a 9 de maio (76,2 milhões). Nessa população, disseram que gostariam de trabalhar cerca de 25,6 milhões de pessoas (ou 34,8% da população fora da força de trabalho). Esse contingente ficou estável frente à semana anterior (25,6 milhões ou 34,7%) e caiu em relação à semana de 3 a 9 de maio (27,1 milhões ou 35,5%).

Cerca de 15,3 milhões de pessoas fora da força que gostariam de trabalhar e não procuraram trabalho, não o fizeram por causa da pandemia ou por não encontrarem uma ocupação na localidade em que moravam. Elas correspondiam a 20,8% das pessoas fora da força. Esse contingente ficou estável em relação à semana anterior (15,4 milhões ou 20,9%). Frente à semana de 3 a 9 de maio (19,1 milhões ou 25,1%), houve queda nos dois indicadores.

6,4 milhões de estudantes não tiveram atividades escolares na semana

Na semana de 20 a 26 de setembro, o país tinha cerca de 46,1 milhões de estudantes que frequentavam escolas ou universidades. Destes, 13,9% (ou 6,4 milhões) não tiveram atividades escolares na quarta semana de setembro. Esse contingente ficou estatisticamente estável em relação à semana anterior (6,3 milhões ou 13,7% dos estudantes), mas caiu frente à semana de 28 de junho a 4 de julho (9,0 milhões ou 20,0% dos estudantes).

Entre os 39,2 milhões de estudantes que tiveram atividades escolares na quarta semana de setembro, 26,1 milhões (ou 66,7%) tiveram atividades em cinco dias da semana, mantendo estabilidade frente à semana anterior (26,2 milhões, ou 66,3%).

Cerca de 84,7 milhões de pessoas ficaram em casa e só saíram por necessidade básica na semana de 20 a 26 de setembro, o equivalente a 40,0% da população. Esse contingente ficou estável frente à semana anterior (84,4 milhões ou 39,9% da população). A parcela da população que ficou rigorosamente isolada (14,9% ou 31,6 milhões) caiu em relação à semana anterior (16,0% ou 33,8 milhões). Já o contingente dos que não fizeram restrição (3,5% ou 7,4 milhões) aumentou frente à semana anterior (3,1% ou 6,5 milhões). O número dos que reduziram contato mas continuaram saindo de casa e/ou recebendo visitas (86,7 milhões ou 41,0%) ficou estável frente à semana anterior (85,7 milhões ou 40,5%).

Saúde

Na semana de 20 a 26 de setembro, a PNAD COVID19 estimou que 8,3 milhões de pessoas (ou 3,9% da população do país) apresentavam pelo menos um dos 12 sintomas associados à síndrome gripal (febre, tosse, dor de garganta, dificuldade para respirar, dor de cabeça, dor no peito, náusea, nariz entupido ou escorrendo, fadiga, dor nos olhos, perda de olfato ou paladar e dor muscular) investigados pela pesquisa. Esse contingente caiu frente à semana anterior (9,1 milhões de pessoas ou 4,3% da população) e à semana de 3 a 9 de maio (26,8 milhões ou 12,7%).

Cerca de 2,0 milhões de pessoas (ou 23,8% daqueles com algum sintoma) procuraram estabelecimento de saúde em busca de atendimento (postos de saúde, equipe de saúde da família, UPA, Pronto Socorro ou Hospital do SUS ou, ainda, ambulatório /consultório, pronto-socorro ou hospital privado). Esse contingente ficou estável frente à semana anterior (2,2 milhões ou 24,0%). Em relação à semana de 3 a 9 de maio (3,7 milhões ou 13,7%), houve queda em números absolutos e aumento em termos percentuais.

Cerca de 504 mil pessoas procuraram atendimento em hospital público, particular ou ligado às forças armadas na semana de 20 a 26 de setembro. Esse contingente ficou estável frente à semana anterior (594 mil) mas caiu frente à semana de 3 a 9 de maio (1,1 milhão).

Entre os que procuraram atendimento em hospital, 81 mil (9,9%) foram internados. Esse contingente ficou estável frente à semana anterior (74 mil ou 9,6%) e à semana de 3 a 9 de maio (97 mil ou 9,1%).

 

Fonte: Agência Estado/Dom Total/IBGE