Liturgia Diária

Nossa Senhora das Dores permaneceu fiel ao seu Sim

Assim, Nossa Senhora das Dores percorreu das bodas a crucifixão de seu filho.

Nossa Senhora das Dores, chora aos pés da cruz.

Manhã de Luz – 15/09/2020:

Liturgia do Dia 15 de Setembro – Terça-feira
NOSSA SENHORA DAS DORES (Branco, Seqüência Facultativa, Prefácio de Maria – Ofício da Memória)
Antífona de Entrada
Simeão disse a Maria: Teu filho será causa de queda e de ressurreição para muitos. Ele será sinal de contradição e teu coração será transpassado como por uma espada (Lc 2,34s).

Oração do dia
Ó Deus, quando o vosso filho foi exaltado, quisestes que sua mãe estivesse de pé, junto à cruz, sofrendo com ele. Dai à vossa Igreja, unida a Maria na paixão de Cristo, participar da ressurreição do Senhor. Que convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

QUARESMA DE SÃO MIGUEL – 28° DIA (15/09):

Que Nossa Senhora das Dores nos ensine a suportar as dores de cada dia.

Leitura (Hebreus 5,7-9)
Leitura da carta aos Hebreus.

5 7 Nos dias de sua vida mortal, dirigiu preces e súplicas, entre clamores e lágrimas, àquele que o podia salvar da morte, e foi atendido pela sua piedade.
8 Embora fosse Filho de Deus, aprendeu a obediência por meio dos sofrimentos que teve.
9 E uma vez chegado ao seu termo, tornou-se autor da salvação eterna para todos os que lhe obedecem,
Palavra do Senhor.

Senhor, sede uma rocha protetora para mim.

Salmo Responsorial 30/31
Salvai-me pela vossa compaixão, ó Senhor Deus!

Senhor, eu ponho em vós minha esperança;
que eu não fique envergonhado eternamente!
Porque sois justo, defendei-me e libertai-me,
apressai-vos, ó Senhor, em socorrer-me!

Sede uma rocha protetora para mim,
um abrigo bem seguro que me salve!
Sim, sois vós a minha rocha e fortaleza;
por vossa honra, orientai-me e conduzi-me!

Retirai-me desta rede traiçoeira,
porque sois o meu refúgio protetor!
Em vossas mãos, Senhor, entrego o meu espírito,
porque vós me salvareis, ó Deus fiel!

A vós, porém, ó meu Senhor, eu me confio
e afirmo que só vós sois o meu Deus!
Eu entrego em vossas mãos o meu destino;
libertai-me do inimigo e do opressor!

Como é grande, ó Senhor, vossa bondade,
que reservastes para aqueles que vos temem!
Para aqueles que em vós se refugiam,
mostrando, assim, o vosso amor perante os homens.

Sequência.

Ó santa mãe, por favor, faze que as chagas do amor em mim se venham gravar. O que Jesus padeceu venha a sofrer também eu, causa de tanto penar. Ó dá-me, enquanto viver, com Jesus Cristo sofrer, contigo sempre chorar! Quero ficar junto à cruz, velar contigo a Jesus e o teu pranto enxugar. Virgem mãe tão santa e pura, vendo eu a tua amargura, possa contigo chorar. Que do Cristo eu traga a morte, sua paixão me conforte, sua cruz possa abraçar! Em sangue as chagas me lavem e no meu peito se gravem, para não mais se apagar. No julgamento consegue que às chamas não seja entregue quem soube em ti se abrigar. Que a santa cruz me proteja, que eu vença a dura peleja, possa do mal triunfar! Vindo, ó Jesus, minha hora, por essas dores de agora, no céu mereça um lugar.

Feliz a virgem Maria, que, sem passar pela morte, do martírio ganha a palma, ao pé da cruz do Senhor!

Evangelho (João 19,25-27)
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo João.

Naquele tempo, 19 25 junto à cruz de Jesus estavam de pé sua mãe, a irmã de sua mãe, Maria, mulher de Cléofas, e Maria Madalena.
26 Quando Jesus viu sua mãe e perto dela o discípulo que amava, disse à sua mãe: “Mulher, eis aí teu filho”.
27 Depois disse ao discípulo: “Eis aí tua mãe”. E dessa hora em diante o discípulo a levou para a sua casa.
Palavra da Salvação.

Comentário ao Evangelho.

Sendo assim, Nossa Senhora das Dores permaneceu fiel ao seu Sim.

Como vimos, às várias características próprias do Evangelho de João junta-se esta: ele é o único que menciona a presença da mãe de Jesus e de discípulos junto à cruz.
Nos sinóticos, Marcos, Mateus e Lucas, as mulheres permanecem a distância, observando.

Assim, a mãe de Jesus é mencionada apenas duas vezes neste Evangelho: no início do seu ministério, nas bodas de Caná e, agora, no momento de sua crucifixão.
Nas duas vezes é destacada a proximidade entre Jesus e sua mãe.
Nas bodas, por sua vez, quando ainda não era chegada a hora de Jesus, a mãe representa o antigo Israel fiel, particularmente os samaritanos, que busca o socorro de Jesus e reconhece que deve ser feito tudo o que ele disser.

Agora é a sua hora. É a hora da glorificação de Jesus, a sua fidelidade plena ao projeto do Pai, até a morte, tendo, porém, garantida a continuidade de sua missão nas comunidades.

Então, em pé, junto à cruz, destacam-se sua mãe, Maria Madalena e o discípulo que Jesus amava.
Maria Madalena, procurando por Jesus no horto, em uma alusão ao Cântico dos Cânticos, representa a comunidade como esposa do Ressuscitado.
O discípulo amado, por sua vez, simboliza a comunidade que continuará a missão de Jesus. A mãe, o Israel fiel, encontrará sua identidade inserindo-se nestas
comunidades.

Oração
Senhor Jesus, que eu seja sensível à angústia e aos sofrimentos do meu próximo, e ajuda-me a devolver-lhe a alegria de viver.

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