Liturgia Diária

Cristo é o mediador de uma nova aliança

Jesus Cristo afirmou que o cumprimento de sua palavra.

Que a partir de nossa fé reconheçamos cada dia mais o Cristo de Deus.

Liturgia do Dia 2 de Abril – Quinta-feira
V SEMANA DA QUARESMA
Antífona de Entrada
Cristo é o mediador de uma nova aliança, para que, por meio de sua morte, recebam os eleitos a herança eterna que lhes foi prometida (Hb 9,15).

Oração do dia
Assisti, ó Deus, aqueles que vos suplicam e guardai com solicitude os que esperam em vossa misericórdia, para que, libertos dos nossos pecados, levemos uma vida santa e sejamos herdeiros das vossas promessas. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

Por isso, glória a Cristo, palavra eterna do Pai, que é amor!

Leitura (Gênesis 17,3-9)
Leitura do livro do Gênesis.

Naqueles dias, Abrão prostrou-se com o rosto por terra. Deus disse-lhe:
“Este é o pacto que faço contigo: serás o pai de uma multidão de povos.
De agora em diante não te chamarás mais Abrão, e sim Abraão, porque farei de ti o pai de uma multidão de povos.
Tornar-te-ei extremamente fecundo, farei nascer de ti nações e terás reis por descendentes.

Faço aliança contigo e com tua posteridade, uma aliança eterna, de geração em geração, para que eu seja o teu Deus e o Deus de tua posteridade.
Darei a ti e a teus descendentes depois de ti a terra em que moras como peregrino, toda a terra de Canaã, em possessão perpétua, e serei o teu Deus.”
Deus disse ainda a Abraão:
“Tu, porém, guardarás a minha aliança, tu e tua posteridade nas gerações futuras”.
Palavra do Senhor.

Sendo assim, procurai o Senhor Deus e seu poder.

Salmo Responsorial 104/105
O Senhor se lembra sempre da aliança!

Procurai o Senhor Deus e seu poder,
buscai constantemente a sua face!
Lembrai as maravilhas que ele fez,
seus prodígios e as palavras de seus lábios!

Descendentes de Abraão, seu servidor,
e filhos de Jacó, seu escolhido,
ele mesmo, o Senhor, é nosso Deus,
vigoram suas leis em toda a terra.

Ele sempre se recorda da aliança,
promulgada a incontáveis gerações;
da aliança que ele fez com Abraão
e do seu santo juramento a Isaac.

Oxalá ouvísseis hoje a sua voz. Não fecheis os corações como em Meriba! (Sl 94,8)

Evangelho (João 8,51-59)
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo João.

Naquele tempo, disse Jesus aos judeus:
“Em verdade, em verdade vos digo: se alguém guardar a minha palavra, não verá jamais a morte”.
Disseram-lhe os judeus: “Agora vemos que és possuído de um demônio. Abraão morreu, e também os profetas.

E tu dizes que, se alguém guardar a tua palavra, jamais provará a morte.

És acaso maior do que nosso pai Abraão? E, entretanto, ele morreu e os profetas também. Quem pretendes ser?”
Respondeu Jesus:
“Se me glorifico a mim mesmo, a minha glória não é nada;
meu Pai é quem me glorifica, aquele que vós dizeis ser o vosso Deus e, contudo, não o conheceis.

Eu, porém, o conheço e, se dissesse que não o conheço, seria mentiroso como vós.

Mas conheço-o e guardo a sua palavra.
Abraão, vosso pai, exultou com o pensamento de ver o meu dia. Viu-o e ficou cheio de alegria”.
Os judeus lhe disseram: “Não tens ainda cinqüenta anos e viste Abraão!”

Respondeu-lhes Jesus: “Em verdade, em verdade vos digo: antes que Abraão fosse, eu sou”.
A essas palavras, pegaram então em pedras para lhas atirar.
Jesus, porém, se ocultou e saiu do templo.
Palavra da Salvação.

Comentário ao Evangelho

Diante disso, por Cristo a morte foi vencida.

Primordialmente, quando Jesus afirmou que o cumprimento de sua palavra pouparia o ser humano da morte, os judeus interpretaram mal a declaração dele.
Tomando a afirmação no sentido da morte física, não conseguiam entender como Jesus podia ser imortal e propiciar imortalidade, se até mesmo o venerável Abraão morrera.

Sendo assim, na perspectiva do Mestre, a imortalidade ia além do aspecto físico da vida.
Tratava-se, pois, da participação da vida eterna, em comunhão com o Pai.

A imortalidade de Jesus decorria de sua condição de enviado do Pai.
Dessa forma, Ele possibilitaria a quem cresse ter a mesma participação.

Neste sentido, a fé se tornava penhor de imortalidade, neutralizando as consequências do pecado.

Os judeus, por sua vez,  recusavam-se a aceitar que a imortalidade já estivesse acontecendo na vida de Jesus.
Assim, eles partiam da idade cronológica do Mestre e daí deduziam ser impossível alguma relação entre Abraão e Jesus.

Jesus, então, fez uma afirmação insuportável para os judeus: “Antes que Abraão existisse, Eu Sou”.
A irritação foi causada por estas últimas palavras: “Eu sou”. Era demais Jesus querer unir, de maneira tão radical, sua existência à de Deus!

Por isso, a sua palavra pareceu-lhes uma blasfêmia.
Daí a decisão de apedrejá-lo. Senhor da vida, ele se defrontava com a morte!

Oração
Senhor Jesus, vieste libertar-me da escravidão do pecado e trazer-me a verdadeira vida. Coloca, em meu coração, tua palavra libertadora.

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