Liturgia Diária

Jesus misericordioso e seu amor sem limites

Sendo fiel ao Pai, presenciamos Jesus misericordioso a nos amar.

Assim, Jesus misericordioso amou a humanidade incondicionalmente.

Liturgia do Dia 14 de Março – Sábado
II SEMANA DA QUARESMA
Antífona de Entrada
O Senhor é misericórdia e clemência, indulgente e cheio de amor. O Senhor é bom para com todos, misericordioso para todas as suas criaturas (Sl 144,8s).

Oração do dia
Ó Deus, que pelos exercícios da Quaresma já nos dais na terra participar dos bens do céu, guiai-nos de tal modo nesta vida, que possamos chegar à luz em que habitais. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

Salve, ó Cristo, imagem do Pai, a plena verdade nos comunicai!

Leitura (Miqueias 7,14-15.18-20)
Leitura da profecia de Miquéias.

Conduzi com o cajado o vosso povo, o rebanho de vossa herança que se encontra espalhado pelas brenhas, para o meio de vergéis;
que ele paste como outrora em Basã e em Galaad.
Como nos dias em que saístes do Egito, fazei-nos ver prodígios.
Qual é o Deus que, como vós, apaga a iniquidade e perdoa o pecado do resto de seu povo, que não se ira para sempre porque prefere a misericórdia?

Uma vez mais, tende piedade de nós!

Esquecei as nossas faltas e jogai nossos pecados nas profundezas do mar!
Mostrai a vossa fidelidade para com Jacó, e vossa piedade para com Abraão, como jurastes a nossos pais desde os tempos antigos!
Palavra do Senhor.

Pois ele, Jesus misericordioso te perdoa toda culpa e cura toda a tua enfermidade;

Salmo Responsorial 102/103
O Senhor é indulgente e favorável.

Bendize, ó minha alma, ao Senhor,
e todo o meu ser, seu santo nome!
Bendize, ó minha alma, ao Senhor,
não te esqueças de nenhum de seus favores!

Pois ele te perdoa toda culpa
e cura toda a tua enfermidade;
da sepultura ele salva a tua vida
e te cerca de carinho e compaixão.

Não fica sempre repetindo as suas queixas
nem guarda eternamente o seu rancor.
Não nos trata como exigem nossas faltas
nem nos pune em proporção às nossas culpas.

Quanto os céus por sobre a terra se elevam,
tanto é grande o seu amor aos que o temem;
quanto dista o nascente do poente,
tanto afasta para longe nossos crimes.

Vou voltar e encontrar o meu pai e direi: meu pai, eu pequei contra o céu e contra ti (Lc 15,18).

Evangelho (Lucas 15,1-3.11-32)
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas.

Aproximavam-se de Jesus os publicanos e os pecadores para ouvi-lo.
Os fariseus e os escribas murmuravam: Este homem recebe e come com pessoas de má vida!
Então lhes propôs a seguinte parábola:
“Um homem tinha dois filhos.

O mais moço disse a seu pai: ‘Meu pai, dá-me a parte da herança que me toca’. O pai então repartiu entre eles os haveres.

Poucos dias depois, ajuntando tudo o que lhe pertencia, partiu o filho mais moço para um país muito distante, e lá dissipou a sua fortuna, vivendo dissolutamente.
Depois de ter esbanjado tudo, sobreveio àquela região uma grande fome e ele começou a passar penúria.

Foi pôr-se ao serviço de um dos habitantes daquela região, que o mandou para os seus campos guardar os porcos.
Desejava ele fartar-se das vagens que os porcos comiam, mas ninguém lhas dava.
Entrou então em si e refletiu:

‘Quantos empregados há na casa de meu pai que têm pão em abundância e eu, aqui, estou a morrer de fome!’

Levantar-me-ei e irei a meu pai, e dir-lhe-ei: ‘Meu pai, pequei contra o céu e contra ti;já não sou digno de ser chamado teu filho. Trata-me como a um dos teus empregados’.

Levantou-se, pois, e foi ter com seu pai. Estava ainda longe, quando seu pai o viu e, movido de compaixão, correu-lhe ao encontro, lançou-se-lhe ao pescoço e o beijou.
O filho lhe disse, então: ‘Meu pai, pequei contra o céu e contra ti; já não sou digno de ser chamado teu filho’.
Mas o pai falou aos servos: ‘Trazei-me depressa a melhor veste e vesti-lha, e ponde-lhe um anel no dedo e calçado nos pés.

Trazei também um novilho gordo e matai-o; comamos e façamos uma festa.

Este meu filho estava morto, e reviveu; tinha se perdido, e foi achado. E começaram a festa’.
O filho mais velho estava no campo. Ao voltar e aproximar-se da casa, ouviu a música e as danças.
Chamou um servo e perguntou-lhe o que havia.

Ele lhe explicou: ‘Voltou teu irmão. E teu pai mandou matar um novilho gordo, porque o reencontrou são e salvo’.

Encolerizou-se ele e não queria entrar, mas seu pai saiu e insistiu com ele.
Ele, então, respondeu ao pai: ‘Há tantos anos que te sirvo, sem jamais transgredir ordem alguma tua, e nunca me deste um cabrito para festejar com os meus amigos.

E agora, que voltou este teu filho, que gastou os teus bens com as meretrizes, logo lhe mandaste matar um novilho gordo!’Explicou-lhe o pai: ‘Filho, tu estás sempre comigo, e tudo o que é meu é teu.
Convinha, porém, fazermos festa, pois este teu irmão estava morto, e reviveu; tinha se perdido, e foi achado’”.
Palavra da Salvação.

Comentário ao Evangelho

Jesus misericordioso e seu amor sem limites.

Como vimos, Jesus justificou seu gesto de acolher os pecadores e comer com eles apelando, para a atitude de Deus com relação à humanidade.
Pois, o traço característico da ação divina é a misericórdia.
Assim, o pecado humano, por maior que seja, jamais será grande o bastante para colocar-lhe limites.
A misericórdia de Deus sempre os ultrapassará.

Dessa forma, a parábola contada por Jesus sublinha alguns elementos do agir misericordioso de Deus.
Nesse sentido, vemos que o Pai respeita a liberdade do pecador.

Por conseguinte, não se rebela contra a ruptura provocada pelo pecado, nem perde a esperança de que o pecador volte para ele.

E assim, quando isso acontece, não se faz esperar, antes, toma a iniciativa de ir ao encontro de quem está arrependido.
Afinal, o Pai não exige pedidos formais de desculpas.

Sendo assim, o seu olhar penetra o coração contristado e reconhece aí a sinceridade da conversão.

Então, a acolhida festiva do pecador revela que o Pai não o julga pelos pecados passados e, sim, pela sua atitude atual.

Por isso, é reintegrado condição de filho, sem ser rebaixado.

Todavia, o Pai conhece muito bem o significado da ruptura provocada pelo filho.
Ela é comparável a uma morte e a um estado de perdição.

A volta corresponde a uma forma de ressurreição: a vida é retomada!
É assim, uma forma de reencontro do verdadeiro caminho. O Pai bondoso está sempre disposto a dar-lhe uma nova chance de recomeçar.

Oração
Senhor Jesus, que jamais me falte a coragem de voltar para junto do Pai, na certeza de ser acolhido e perdoado.

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