Liturgia Diária

A transfiguração, uma antecipação da ressurreição.

Assim, a transfiguração foi uma maior motivação para missão.

Dessa maneira, a transfiguração de Jesus nos provoca a sair de nossos comodismos.

Liturgia do Dia 8 de Março – Domingo
II DA QUARESMA
Antífona de Entrada
Meu coração disse: Senhor, buscarei a vossa face. É vossa face, Senhor, que eu procuro, não desvieis de mim o vosso rosto! (Sl 26,8s)

Oração do dia
Ó Deus, que nos mandastes ouvir o vosso Filho amado, alimentai nosso espírito com a vossa palavra, para que, purificado o olhar de nossa fé, nos alegremos com a visão da vossa glória. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

A transfiguração de Jesus nos mostra que somos instrumentos da promoção do Reino de Deus.

Leitura (Gênesis 12,1-4)
Leitura do livro do Gênesis.

Senhor disse a Abrão: “Deixa tua terra, tua família e a casa de teu pai e vai para a terra que eu te mostrar.
Farei de ti uma grande nação; eu te abençoarei e exaltarei o teu nome, e tu serás uma fonte de bênçãos.
Abençoarei aqueles que te abençoarem, e amaldiçoarei aqueles que te amaldiçoarem; todas as famílias da terra serão benditas em ti.”
Abrão partiu como o Senhor lhe tinha dito, e Lot foi com ele.
Palavra do Senhor.

Louvor a vós, ó Cristo, rei da eterna glória!

Salmo Responsorial 32/33
Sobre nós venha, Senhor, a vossa graça,
Venha a vossa salvação.

Pois reta é a palavra do Senhor,
e tudo o que ele faz merece fé.
Deus ama o direito e a justiça,
transborda em toda a terra a sua graça.

Mas o Senhor pousa o olhar sobre os que o temem
e que confiam, esperando em seu amor,
para da morte libertar as suas vidas
e alimentá-los quando é tempo de penúria.

No Senhor nós esperamos confiantes,
porque ele é nosso auxílio e proteção!
Sobre nós venha, Senhor, a vossa graça,
da mesma forma que em vós nós esperamos!

Deus nos salvou e chamou para a santidade.

Leitura (2 Timóteo 1,8-10)
Leitura da segunda carta de são Paulo a Timóteo.

Caríssimo, não te envergonhes, portanto, do testemunho de nosso Senhor, nem de mim, seu prisioneiro, mas sofre comigo pelo Evangelho, fortificado pelo poder de Deus.
Deus nos salvou e chamou para a santidade, não em atenção às nossas obras, mas em virtude do seu desígnio, da graça que desde a eternidade nos destinou em Cristo Jesus, e agora nos manifestou mediante a aparição de nosso Salvador Jesus Cristo, que destruiu a morte e suscitou a vida e a imortalidade, pelo Evangelho.
Palavra do Senhor.

Numa nuvem resplendente fez-se ouvir a voz do Pai: Eis meu Filho muito amado, escutai-o, todos vós (Lc 9,35).

Evangelho (Mateus 17,1-9)
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus.

Naquele tempo, seis dias depois, Jesus tomou consigo Pedro, Tiago e João, seu irmão, e conduziu-os à parte a uma alta montanha.
Lá se transfigurou na presença deles: seu rosto brilhou como o sol, suas vestes tornaram-se resplandecentes de brancura.
E eis que apareceram Moisés e Elias conversando com ele.

Pedro tomou então a palavra e disse-lhe: “Senhor, é bom estarmos aqui.

Se queres, farei aqui três tendas: uma para ti, uma para Moisés e outra para Elias”.
Falava ele ainda, quando veio uma nuvem luminosa e os envolveu.
E daquela nuvem fez-se ouvir uma voz que dizia: “Eis o meu Filho muito amado, em quem pus toda minha afeição; ouvi-o”.

Ouvindo esta voz, os discípulos caíram com a face por terra e tiveram medo.

Mas Jesus aproximou-se deles e tocou-os, dizendo: “Levantai-vos e não temais”.
Eles levantaram os olhos e não viram mais ninguém, senão unicamente Jesus.
E, quando desciam, Jesus lhes fez esta proibição: “Não conteis a ninguém o que vistes, até que o Filho do Homem ressuscite dos mortos”.
Palavra da Salvação.

Comentário ao Evangelho

A transfiguração foi, uma antecipação da ressurreição.

Como vimos, a contemplação de Jesus transfigurado foi uma experiência fascinante na vida dos três discípulos escolhidos pelo Mestre para subirem com ele ao alto monte.
Dessa forma, neste lugar carregado de simbolismo (a montanha era tida como o lugar privilegiado de encontro com Deus) puderam contemplar Jesus transfigurado, revestido de glória e majestade, e “vê-lo” no fulgor de sua santidade.

Sendo assim, a transfiguração foi, de certo modo, uma antecipação da ressurreição.

Afinal, depois de ressuscitado, o esplendor de sua glória já não fulguraria, por pouco tempo, para um grupo seleto de discípulos.
Pelo contrário, não só poderia ser contemplada por todos os discípulos, como também deveria ser proclamada a todos os povos da Terra.

Por isso, o motivo da ordem de guardar segredo (“não dizer a ninguém a respeito da visão”) perderia sua razão de ser.
Contudo, a contemplação do Ressuscitado haveria de ser precedida por uma experiência aterradora: a de ver o Messias Jesus pendente na cruz.

Pois, o fascínio daria lugar ao pavor e à estupefação, porque a morte de cruz não encontraria explicação, uma vez que o Mestre sempre dera mostras de ser um homem justo e, em sua pregação, falara de Deus como um Pai amoroso e fiel.

Portanto, só quem fosse capaz de superar o impacto da cruz e reconhecer no Crucificado o Filho de Deus, chegaria a reconhecê-lo fascinantemente ressuscitado.

Oração
Pai, que eu seja capaz de contemplar a cena patética de Jesus pendente da cruz, sem me deixar abater pela estupefação, para poder contemplá-lo glorioso na ressurreição.

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