Liturgia Diária

O Messias Jesus deve crescer e manifestar-se

Assim, a exemplo de João Batista, o Messias Jesus cumpriu sua missão.

Por isso, é preciso eu diminua para que o Messias Jesus em mim.

Liturgia do Dia 11 de Janeiro – Sábado
SEMANA DA EPIFANIA
Antífona de Entrada
Deus enviou o seu Filho, nascido de mulher, para que nos tornássemos filhos adotivos (Gl 4,4s).

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Oração do dia
Deus eterno e todo-poderoso, pelo vosso filho nos fizestes nova criatura pra vós. Dai-nos, pela vossa graça, participar da divindade daquele que uniu a vós a nossa humanidade. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

O Messias Jesus és o verdadeiro Deus vivo.

Leitura (1 João 5,14-21)
Leitura da primeira carta de são João.

Carríssimos, a confiança que depositamos nele é esta: em tudo quanto lhe pedirmos, se for conforme à sua vontade, ele nos atenderá.
E se sabemos que ele nos atende em tudo quanto lhe pedirmos, sabemos daí que já recebemos o que pedimos.
Se alguém vê seu irmão cometer um pecado que não o conduza à morte, reze, e Deus lhe dará a vida; isto para aqueles que não pecam para a morte.

Há pecado que é para morte; não digo que se reze por este.

Toda iniquidade é pecado, mas há pecado que não leva à morte.
Sabemos que aquele que nasceu de Deus não peca; mas o que é gerado de Deus se acautela, e o Maligno não o toca.
Sabemos que somos de Deus, e que o mundo todo jaz sob o Maligno.

Sabemos que o Filho de Deus veio e nos deu entendimento para conhecermos o Verdadeiro.

E estamos no Verdadeiro, nós que estamos em seu Filho Jesus Cristo.
Este é o verdadeiro Deus e a vida eterna.
Filhinhos, guardai-vos dos ídolos!
Palavra do Senhor.

Porque, de fato, o Senhor ama seu povo.

Salmo Responsorial 149
O Senhor ama seu povo de verdade.

Cantai ao Senhor Deus um canto novo
e o seu louvor na assembleia dos fiéis!
Alegre-se Israel em quem o fez,
e Sião se rejubile no seu rei!

Com danças glorifiquem o seu nome,
toquem harpa e tambor em sua honra!
Porque, de fato, o Senhor ama seu povo
e coroa com vitória os seus humildes.

Exultem os fiéis por sua glória
e, cantando, se levantem de seus leitos
com louvores do Senhor em sua boca.
Eis a glória para todos os seus santos.

O povo, sentado nas trevas, grande luz enxergou; aos que viviam na sombra da morte, resplandeceu-lhes a luz (Mt 4,16).

Evangelho (João 3,22-30)
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo João.

Naquele tempo, foi Jesus com os seus discípulos para os campos da Judéia, e ali se deteve com eles, e batizava.
Também João batizava em Enon, perto de Salim, porque havia ali muita água, e muitos vinham e eram batizados.
Pois João ainda não tinha sido lançado no cárcere.

Ora, surgiu uma discussão entre os discípulos de João e um judeu, a respeito da purificação.
Foram e disseram-lhe: “Mestre, aquele que estava contigo além do Jordão, de quem tu deste testemunho, ei-lo que está batizando e todos vão ter com ele”.

João replicou: “Ninguém pode atribuir-se a si mesmo senão o que lhe foi dado do céu.

Vós mesmos me sois testemunhas de que disse: ‘Eu não sou o Cristo, mas fui enviado diante dele’.
Aquele que tem a esposa é o esposo.
O amigo do esposo, porém, que está presente e o ouve, regozija-se sobremodo com a voz do esposo.

Nisso consiste a minha alegria, que agora se completa.
Importa que ele cresça e que eu diminua”.
Palavra da Salvação.

Comentário ao Evangelho

‘Eu não sou o Cristo, mas fui enviado diante dele’

Primordialmente, vemos que os discípulos de João Batista interpretaram a atividade messiânica de Jesus como sendo uma espécie de concorrência ao Mestre.
É como se Jesus estivesse usurpando algo próprio de João Batista e ocupando o lugar dele.
Assim, coube a João Batista desfazer este mal-entendido e explicitar a relação entre ele e Jesus.
Afinal, o Batista jamais se apresentara como sendo o Messias.

Sua missão consistia apenas em ser o Precursor dele.

Assim, a sua relação com o Messias Jesus era comparada à do amigo com o esposo.
Alegrava-se com a presença do esposo; dava-se por satisfeito sabendo que o Messias anunciado estava em ação e era bem aceito pelo povo.

Por isso, João Batista partia do pressuposto de que era hora de o Messias Jesus crescer e manifestar-se, o mais amplamente possível.

Quanto a ele, João, podia dar por concluída sua tarefa e, portanto, cair no esquecimento.

Esta decisão não lhe causava ressentimentos, porque tinha consciência de ter cumprido a sua missão.
Diante disso, a humildade de João Batista encontrou correspondência na humildade de Jesus.
Pois, toda a sua ação apontaria para o Pai e visaria fazer o Reino de Deus resplandecer na História.

Oração
Senhor Jesus, que eu aprenda, com João Batista, a ser teu humilde servidor e do Reino anunciado por ti.