Liturgia Diária

Deus partilha o pão da vida com todos nós

Dessa forma, Deus partilha o milagre realizado em benefício de uma multidão faminta que o escutava.

Assim, é a partir do gesto de acolhimento pelo Reino que Deus partilha suas maravilhas.

Dia 7 de Janeiro – Terça-feira
SEMANA DA EPIFANIA
Antífona de Entrada
Bendito o que vem em nome do Senhor: Deus é o Senhor, ele nos ilumina (Sl 117,26s).

Oração do dia
Ó Deus, cujo Filho unigênito se manifestou na realidade da nossa carne, concedei que, reconhecendo sua humanidade semelhante à nossa, sejamos interiormente transformados por ele. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

Aquele que não ama não conhece a Deus, porque Deus é amor.

Leitura (1 João 4,7-10)
Leitura da primeira carta de João.

Caríssimos, amemo-nos uns aos outros, porque o amor vem de Deus, e todo o que ama é nascido de Deus e conhece a Deus.
Aquele que não ama não conhece a Deus, porque Deus é amor.
Nisto se manifestou o amor de Deus para conosco: em nos ter enviado ao mundo o seu Filho único, para que vivamos por ele.
Nisto consiste o amor: não em termos nós amado a Deus, mas em ter-nos ele amado, e enviado o seu Filho para expiar os nossos pecados.
Palavra do Senhor.

Com justiça ele governe o vosso povo.

Salmo Responsorial 71/72
Os reis de toda a terra hão de adorar-vos, ó Senhor!

Dai ao rei vossos poderes, Senhor Deus,
vossa justiça ao descendente da realeza!
Com justiça ele governe o vosso povo,
com equidade ele julgue os vossos pobres.

Das montanhas venha a paz a todo o povo,
e desça das colinas a justiça!
Este rei defenderá os que são pobres,
os filhos dos humildes salvará.

Nos seus dias, a justiça florirá
e grande paz, até que a lua perca o brilho!
De mar a mar estenderá o seu domínio,
e desde o rio até os confins de toda a terra!

O Espírito do Senhor repousa sobre mim e enviou-me a anunciar aos pobres o Evangelho (Lc 4,18).

Evangelho (Marcos 6,34-44)
Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Marcos.

Naquele tempo, ao desembarcar, Jesus viu uma grande multidão e compadeceu-se dela, porque era como ovelhas que não têm pastor.
E começou a ensinar-lhes muitas coisas.

A hora já estava bem avançada quando se achegaram a ele os seus discípulos e disseram: “Este lugar é deserto, e já é tarde.
Despede-os, para irem aos sítios e aldeias vizinhas a comprar algum alimento”.

Mas ele respondeu-lhes: “Dai-lhes vós mesmos de comer”. Replicaram-lhe:

“Iremos comprar duzentos denários de pão para dar-lhes de comer?”
Ele perguntou-lhes: “Quantos pães tendes? Ide ver”. Depois de se terem informado, disseram: “Cinco, e dois peixes”.
Ordenou-lhes que mandassem todos sentar-se, em grupos, na relva verde.

E assentaram-se em grupos de cem e de cinquenta.

Então tomou os cinco pães e os dois peixes e, erguendo os olhos ao céu, abençoou-os, partiu-os e os deu a seus discípulos, para que lhos distribuíssem, e repartiu entre todos os dois peixes.
Todos comeram e ficaram fartos.
Recolheram do que sobrou doze cestos cheios de pedaços, e os restos dos peixes.
Foram cinco mil os homens que haviam comido daqueles pães.
Palavra da Salvação.

Comentário ao Evangelho

Deus partilha o pão da vida com todos nós

Como vimos, um dos temas centrais da pregação e da vida de Jesus foi o da partilha.
Assim, sua vida definiu-se como partilha contínua da palavra e do poder que lhe fora confiado pelo Pai.
Sendo assim, o seu ensinamento consistia em comunicar aos ouvintes um tesouro de sabedoria, levando-os a superar uma visão estreita e deturpada da Palavra de Deus.

E, ao operar milagres, partilha de vida, condividia, com as multidões, a força vivificadora recebida do Pai.
Dessa forma, o milagre realizado em benefício de uma multidão faminta que o escutava, numa região deserta, foi uma lição de partilha.
Assim, os cinco pães e dois peixes eram uma porção insignificante de alimento para uma quantidade tão grande de gente.

Dessa maneira, a quem os possuía, foi desafiado a colocá-los à disposição dos demais.

Sem este gesto inicial de partilha, não teria havido milagre.
Diante disso, o grupo dos discípulos de Jesus também foi desafiado a superar sua carência pessoal de alimento.
E, assim, cada pessoa recebeu um pedaço de pão.
Nesse sentido, se algum pedaço de pão tivesse caído em mãos egoístas, aí o milagre deixaria de acontecer.

Deus partilha o pão da vida

O fato de serem cerca de cinco mil homens os que comeram e de ter sobrado doze cestos cheios de pedaços de pão e restos de peixe sublinha a infinita capacidade de partilha daquele grupo.
Portanto, não importa a quantidade de alimento disponível, quando a capacidade de partilha é ilimitada.
Sendo assim, o problema é quando os bens deste mundo caem em mãos que não sabem partilhar.

Oração
Senhor, abre meu coração diante da fome de milhares de irmãos e irmãs necessitados, e dá-me a capacidade de partilhar do meu pouco.