Liturgia Diária

Jesus Cristo, o servo fiel de Deus Pai

Assim, o servo, Jesus Cristo, foi apresentado como alguém muito querido por Deus.

Diante disso, em comunhão com a vontade do Pai, Jesus Cristo mostrava sua ação misericordiosa.

Liturgia do Dia 20 de Julho – Sábado
XV SEMANA DO TEMPO COMUM (Verde – Ofício do Dia)

Oração do dia
Ó Deus, que mostrais a luz da verdade aos que erram para retomarem o bom caminho, dai a todos os que professam a fé rejeitar o que não convém ao cristão e abraçar tudo o que é digno desse nome. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

Leitura (Êxodo 12,37-42)

Os israelitas partiram de Ramsés para Socot, em número de seiscentos mil homens, aproximadamente, sem contar os meninos.

Além disso, acompanhava-os uma numerosa multidão, bem como rebanhos consideráveis de ovelhas e de bois.

Cozeram bolos ázimos da massa que levaram do Egito, pois esta não se tinha fermentado, porque tinham sido lançados fora do país e não puderam deter-se nem fazer provisões.

A permanência dos israelitas no Egito durara quatrocentos e trinta anos.

Exatamente no fim desses quatrocentos e trinta anos, todos os exércitos do Senhor saíram do Egito:

Foi uma noite de vigília para o Senhor, a fim de tirá-los do Egito: essa mesma noite é uma vigília a ser celebrada de geração em geração por todos os israelitas, em honra do Senhor.
Palavra do Senhor.

E tirou do meio deles Israel: porque eterno é seu amor!

Salmo Responsorial 135/136
Eterna é sua misericórdia.

Demos graças ao Senhor, por que ele é bom:
porque eterno é seu amor!
De nós, seu povo humilhado, recordou-se:
porque eterno é seu amor!
De nossos inimigos libertou-nos:
porque eterno é seu amor!

Ele feriu os primogênitos do Egito
porque eterno é seu amor!
E tirou do meio deles Israel:
porque eterno é seu amor!
Com mão forte e com braço estendido:
porque eterno é seu amor!

Ele cortou o mar Vermelho em duas partes:
porque eterno é o seu amor!
Fez passar no meio dele Israel:
porque eterno é o seu amor!
E afogou o faraó com suas tropas:
porque eterno é seu amor!

Em Cristo, Deus reconciliou consigo mesmo a humanidade; e a nós ele entregou esta reconciliação (2Cor 5,19).

Evangelho (Mateus 12,14-21)

Os fariseus saíram dali e deliberaram sobre os meios de matar Jesus. Jesus soube disso e afastou-se daquele lugar.

Uma grande multidão o seguiu, e ele curou todos os seus doentes.
Proibia-lhes formalmente falar disso, para que se cumprisse o anunciado pelo profeta Isaías:

“Eis o meu servo a quem escolhi, meu bem-amado em quem minha alma pôs toda sua a afeição.

Farei repousar sobre ele o meu Espírito e ele anunciará a justiça aos pagãos.

Ele não disputará, não elevará sua voz; ninguém ouvirá sua voz nas praças públicas.

Não quebrará o caniço rachado, nem apagará a mecha que ainda fumega, até que faça triunfar a justiça.
Em seu nome as nações pagãs porão sua esperança”.
Palavra da Salvação.

Jesus Cristo, o servo escolhido

Hoje, a liturgia deste sábado nos motiva a reconhecer ainda mais Jeus Cristo como o servo fiel escolhido por Deus Pai.

Assim, na tentativa de compreender a ação misericordiosa de Jesus em favor das multidões, acolhidas e curadas por ele, a Igreja primitiva recorreu a um texto do profeta Isaías, conhecido como “o primeiro canto do Servo de Javé”.


Dessa forma, até hoje, não se sabe ao certo a quem o profeta se referia.

Em todo o caso, o Servo, Jesus Cristo, foi apresentado como alguém muito querido por Deus, a cujo serviço se colocou totalmente.

Assim sendo, sua missão consistiu em implantar o projeto de Deus na Terra, de modo que a justiça imperasse no mundo inteiro.

Diante disso, a humildade e simplicidade do Servo fizeram dele um ser pacífico, que não escolheu o caminho da violência para realizar sua missão.

Ele foi discreto. Não realizou suas obras com estardalhaço, para ser notado.

Foi compassivo e bondoso com as pessoas, especialmente, as mais fracas, e jamais decepcionou ninguém.

Por isso, enquanto houvesse um fiozinho de esperança, o Servo não se desesperava.

Assim, se a cana estava rachada, acreditava na possibilidade de recuperá-la. Se a mecha ainda estava fumegante, acreditava na possibilidade de ainda obter uma labareda e não a apagava.

A justiça acontecia, portanto, no respeito ao fraco e não eliminando-o.

O Servo, assim pensado, tornava-se digno da confiança de todos os povos.

Portanto, o caminho escolhido por Jesus Cristo para realizar sua missão foi o mesmo do Servo.
Sem triunfalismo, ele soube levar os pobres a recuperar a esperança.

Oração
Senhor Jesus, és o Servo de Deus que, na simplicidade e humildade, leva a humanidade a recuperar a esperança.