Religião

“Não esqueçam de rezar por mim”

Desde o início de seu pontificado, Francisco tem pedido orações dos fieis católicos para suportar os combates que viriam e que já acontecem.

Rezar por Francisco.

O insistente pedido do papa Francisco é o da oração: “Não esqueçam de rezar por mim”.

Assim, valemo-nos do Senhor Deus, de poder infinito, na sua bondade suprema, sabedoria eterna, sem início e fim, conscientes de que sua ação é sem limites.

Somos convocados, sensibilizados na vossa intimidade, a falar convosco, com lábios, coração e alma, anunciando o quão possíveis, no mundo que criastes por amor, são vossas incontáveis grandezas e maravilhas!

Animados pela fé e esperança, já vislumbramos aqui vossa bondade infinita.

Mesmo com uma grande e quase que generalizada comunhão com o papa Francisco, à Igreja universal, espalhada pelo Universo, unida ao santo padre, fica o nosso humilde convite: o de aceitar recitar a oração do Pai

Nosso e demais orações, de tal modo que, comovidos e sensibilizados, possamos exprimir a Deus com o doce nome de Pai, honrando-o, de verdade, com os lábios e com o coração (cf. Mt 5, 8).


Dessa forma, rezar por Francisco é nossa missão.

Deus quer nos afastar do culto divino, o mesmo que Ele censurou os fariseus, pela prática do formalismo exterior, lembrando-nos a oração, a mesma ensinada aos seus discípulos, em espírito e verdade (Jo 4, 23).

Deus é infinitamente maior do que uma minúscula fatia de pessoas radicais, que insistem em afirmar que o papa Francisco está longe da doutrina da Igreja de nosso Senhor Jesus Cristo.

Olhemos, irmãos e irmãs, para a parábola do filho pródigo.

Ela nos ensina a conversão do coração, afastando-nos, pela graça de Deus, das situações desumanas, pondo-nos a caminho do humanismo sonhado pelo Pai: o do Evangelho.

Esse humanismo se concretiza no belo e maravilhoso encontro, no entrelaçamento de nossa miséria com a misericórdia do Pai.

O coração do papa Francisco é grande; ele é o papa da compaixão, a mesma compaixão do Filho de Deus.

Ele quer uma Igreja inclusiva, menos restritiva, mais compassiva e compreensiva; sonha com uma Igreja com as marcas da ternura e com léguas e léguas de distância da intolerância.

Tem também clareza nas dores e angústias de um mundo tão diverso, e por isso mesmo quer uma Igreja, mais do que nunca, aberta à grande novidade: a do Evangelho de Jesus.

Ó Jesus, tende compaixão de nós, seus filhos pródigos e infelizes, que gastamos e dissipamos vossos dons e riquezas, naturais e sobrenaturais, reduzidos à mais infra e humana condição, tudo por fugirmos de vós.

Mas quão belo e encantador é notarmos um Pai que toma a iniciativa de ir ao encontro do Filho, possibilitando-o lançar-se aos seus braços, num terno e imorredouro encontro! Assim seja!

*Geovane Saraiva é padre, jornalista, colunista e pároco de Santo Afonso, Parquelândia, Fortaleza-CE. Da Academia Metropolitana de Letras de Fortaleza geovanesaraiva@gmail.com.

Fonte: Domtotal