Liturgia Diária

Alegria da ressurreição nos motiva ir além

Por conseguinte, Maria Madalena não tinha por que chorar, mas sim de mostrar sua alegria.

Assim, a alegria do ressuscitado preencheu o vazio no coração da humanidade.

Oração do dia
Ó Deus, que nos concedestes a salvação pascal, acompanhais o vosso povo com vossos dons celestes, para que, tendo conseguido a verdadeira liberdade, possa um dia alegrar-se no céu, como exulta agora na terra. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

Leitura (Atos 2,36-41)

“Que toda a casa de Israel saiba, portanto, com a maior certeza de que este Jesus, que vós crucificastes, Deus o constituiu Senhor e Cristo”.

Ao ouvirem essas coisas, ficaram compungidos no íntimo do coração e indagaram de Pedro e dos demais apóstolos: “Que devemos fazer, irmãos?”

Pedro lhes respondeu: “Arrependei-vos e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo para remissão dos vossos pecados, e recebereis o dom do Espírito Santo.

Pois a promessa é para vós, para vossos filhos e para todos os que ouvirem de longe o apelo do Senhor, nosso Deus”.

Ainda com muitas outras palavras exortava-os, dizendo: “Salvai-vos do meio dessa geração perversa!”

Os que receberam a sua palavra foram batizados. E naquele dia elevou-se a mais ou menos três mil o número dos adeptos.
Palavra do Senhor.

Alegria refletida no nosso aleluia.

Salmo Responsorial 32/33
Transborda em toda a terra a bondade do Senhor.

Reta é a palavra do Senhor,
e tudo o que ele faz merece fé.
Deus ama o direito e a justiça,
transborda em toda a terra a sua graça.

Mas o Senhor pousa o olhar sobre os que o temem
e que confiam, esperando em seu amor,
pra da morte libertar as suas vidas
e alimentá-los quando é tempo de penúria.

No Senhor nós esperamos confiantes,
porque ele é nosso auxílio e proteção!
Sobre nós venha, Senhor, a vossa graça,
da mesma forma que em vós nós esperamos!

Este é o dia que o Senhor fez para nós, alegremo-nos e nele exultemos! (Sl 117)

Evangelho (João 20,11-18)

Naquele tempo, entretanto, Maria se conservava do lado de fora perto do sepulcro e chorava.

Chorando, inclinou-se para olhar dentro do sepulcro.
Viu dois anjos vestidos de branco, sentados onde estivera o corpo de Jesus, um à cabeceira e outro aos pés.

Eles lhe perguntaram: “Mulher, por que choras?”
Ela respondeu: “Porque levaram o meu Senhor, e não sei onde o puseram”.

Ditas estas palavras, voltou-se para trás e viu Jesus em pé, mas não o reconheceu.

Perguntou-lhe Jesus: “Mulher, por que choras? Quem procuras?”
Supondo ela que fosse o jardineiro, respondeu: “Senhor, se tu o tiraste, dize-me onde o puseste e eu o irei buscar”.

Disse-lhe Jesus: “Maria!” Voltando-se ela, exclamou em hebraico: “Rabôni!” (que quer dizer Mestre).

Disse-lhe Jesus: “Não me retenhas, porque ainda não subi a meu Pai, mas vai a meus irmãos e dize-lhes:

Subo para meu Pai e vosso Pai, meu Deus e vosso Deus”.
Maria Madalena correu para anunciar aos discípulos que ela tinha visto o Senhor e contou o que ele lhe tinha falado.
Palavra da Salvação.

Assim sendo, o Mestre estaria junto dos seus discípulos, mas sem a limitação de tempo e espaço.

Hoje a liturgia nos mostra que o pranto de Maria Madalena revela que seu relacionamento com Jesus era pouco consistente.

Contudo, não a impediu de ter experimentado da alegria de conviver com Jesus.

Por isso, a morte do Mestre significou para ela a perda de uma pessoa querida.

Pois, Jesus soube valorizá-la, ajudando-a a recompor sua existência esfacelada por experiências negativas.

E partindo dessa estrutura da vida vida, Maria Madalena era repleta de alegria e gratidão, mas era preciso ir além.

Maria Madalena, contente com o que Jesus representava para ela, só deu um passo adiante na sua compreensão, quando defrontou-se com o Ressuscitado.

A humanidade do amigo querido era apenas um aspecto de sua verdade, pois, Ele era também o Filho enviado pelo Pai, cuja missão, na Terra, havia sido concluída.

Agora, estava de volta para junto de quem o enviara. Ele era o Senhor.
Discípulo algum tinha o poder de retê-lo para si, ou de apossar-se dele.

Assim sendo, o Mestre estaria junto dos seus discípulos, mas sem a limitação de tempo e espaço.

Por conseguinte, Maria Madalena não tinha por que chorar, mas sim de mostrar sua alegria, pois ela teria para sempre consigo o Senhor ressuscitado.

Nesse sentido, a ressurreição devolveu-lhe, novamente, a alegria.

O Ressuscitado preencheu o vazio que a morte tinha deixado no coração dessa mulher e também de toda humanidade.

Por isso, o sentimento de perda foi superado por uma forma nova de presença do Mestre, mais interior e consistente.

Oração
Espírito de júbilo, que a alegria proveniente da ressurreição do Cristo me ajude a superar todo pranto causado pela frustração e pelo vazio da vida.