Religião

Leitura que vai para ALÉM DA ALMA

Leitura para além da alma                                                                                                                                      Jumária Lima*

Com o advento da tecnologia e em especial do celular, a leitura passou para uma esfera também nova. Fala-se que lemos mais, que o acesso à literatura se expandiu, mas fico me perguntando se de fato isso é real. Leitora voraz, ainda criança trocava os brinquedos e as bonecas para mergulhar no universo da imaginação por trás das palavras.

Como numa epifania, um anjo amigo acordou-me…

Entretanto, envolta nesse mundo tecnológico, fui me aproximando mais das redes sociais e me distanciando dos livros.

Fui me interessando mais pelo brinquedo máquina e fui me afastando do meu maior tesouro. Mas, como tudo na vida, não acontece por acaso, fui acordada do sono, da letargia literária em que me encontrava.

Como numa epifania, um anjo amigo acordou-me… despertou com um desafio de leitura. Nada demais, mas o suficiente para aquecer a chama cultivada na infância e adormecida por esse mundo moderno.

Comecei a minha jornada de volta a uma leitura para Além da alma.

E, como num passe de mágica, sinto-me novamente a menina, cuja maior medo era o de deixar de mergulhar nas entrelinhas dos textos que lia. Então comecei a minha jornada de volta… e é por isso que estou aqui para compartilhar minhas novas experiências leitoras.

Na humildade de quem recomeça convido você a ser meu parceiro (a) de leituras.

Não uma leitura qualquer, mas uma leitura que vai para ALÉM DA ALMA…

Jumária Lima (1)

A LISTA NEGRA

eu

Livro “A lista Negra” da escritora Jennifer Brown apresenta um texto simples e fluído, mas o que mais motiva a leitura é aproximação com uma temática tão corriqueira nos dias de hoje, o Bullying.

Valerie, personagem principal do romance é a síntese do espírito de nossos jovens.

Perdida, sem referência de família, a menina vê-se mergulhada na procura por sua identidade depois do namorado assassinar os colegas da escola motivado por uma lista que ela ajudara a construir.

Os conflitos que são desenvolvidos na narrativa são salutares para pensarmos acerca dos nossos desejos mais obscuros, mas também sobre como nossas atitudes podem deixar marcas em nós e nos outros.

Quem sou eu para julgar os que me perseguem, me maltratam e cometem bullying?

Como construir uma personalidade forte, capaz de ver a fragilidade e vazio no coração dos agressores?

É na família que essa estrutura é construída.

É na literatura que vamos aprendendo a lidar com essas experiências que vão para além das letras, das palavras, do código. Vão além da alma.

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