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Rompimento de barragens… segue a trama


Novo episódio da trama de rompimento de barragens.

Depois de um breve espaço de tempo, vemos mais um novo episódio da trama de rompimento de barragens. Dessa vez, a cena trágica e ao mesmo tempo fantasiada aconteceu na Bahia.

Assim, ontem dia 11 de julho de 2019 pela manhã, a Barragem de Quati, em Pedro Alexandre, que fica a 435 km de Salvador já começava a dar sinais de rompimento…

Mas, esperemos, vamos com calma, pois uma barragem não se rompe assim de hora para outra, algo levou a isso.

Sim, verdade, ou mentira, não sei ao certo, mas a mídia foi firmando-se tão somente no reconhecimento de um único culpado para tal situação, as fortes chuvas.

Essa parte da trama é de nos fazer morrer de rir, pois afinal sabemos, ou melhor, poucos sabem que já houve sim um grande risco de que essa mesma barragem se rompesse.

Rompimento de barragens, culpa das chuvas?

Bom, como uma dramaturgia, depois das revelações escandalosas e desastrosas os verdadeiros responsáveis aparecem, mais cedo ou mais tarde. Mas, vamos acelerar esse processo.

Por isso, destacamos no elenco a priori o governo baiano, desde sua construção, salvo engano em 2007 pelo Governador Wagner e até o atual.

Além deles, lhes apresentamos a ANNA, o INEMA e a Defesa Civil. Palmas!

Assim sendo, apresentações feitas, sejamos ainda mais coerentes diante de tanta conjuntura que só demanda morte.

Pois afinal, todos sabemos que o rompimento de barragens não deve ter a chuva ou qualquer outro fator dinâmico da natureza como culpados, pois antes de tudo eles já existiam.

Dessa forma, como diria um amigo, “se construíram, tal barragem, com essa ou aquela finalidade, por que não estudaram mais para construir algo verdadeiramente consistente e que previsse tais mudanças climáticas”?

Assim sendo, houve sim e infelizmente ainda é possível vermos o rompimento de barragens em mais cenas trágicas.

Pois, a ganância e o despreparo de cuidado com a vida, tem nos motivado a construir cada dia mais uma cultura de morte.

Hoje, praticamente mais 500 pessoas estão desalojadas. Contudo ainda podemos encontrar possíveis afirmações:

“Ah! Logo a água baixa e elas voltam para suas casas”.

Com qual segurança? De uma sirene? De órgãos que dizem preservar a vida quando na verdade só buscam benefícios próprios, mesmos que para isso sejam necessárias muitas mortes?

Portanto, mesmo que seja difícil, precisamos reconhecer que quer seja barragem de rejeitos ou de água, como a de hoje, continuarão com sua trama de destruição.

Contudo, urge que os verdadeiros culpados sejam realmente penalizados e que a relação entre a humanidade, a natureza e progresso sejam sempre para o bem e promoção da vida e não de medo, dor e mortes.

Por: Anderson Dias

Pastoral do Meio Ambiente de Carinhanha-BA