Liturgia Diária

Jesus chamou os doze discípulos a serviço da vida

Dessa forma, o novo Israel proposto por Jesus nasce do serviço à vida.

Por isso, fiquemos atentos ao constante chamamento de Jesus.

Liturgia do Dia 10 de Julho – Quarta-feira
XIV SEMANA DO TEMPO COMUM (Verde – Ofício do Dia)

Oração do dia
Ó Deus, que pela humilhação do vosso Filho reerguestes o mundo decaído, enchei os vossos filhos e filhas de santa alegria e daí aos que libertastes da escravidão do pecado o gozo das alegrias eternas. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

Leitura (Gênesis 41,55-57; 42,5-7.17-24)

Naqueles dias, houve fome também no Egito, e o povo clamou ao faraó pedindo pão.

Este disse a todos os egípcios: “Ide a José, e fazei o que ele vos disser.”
Como a fome assolasse toda a terra, José abriu todos os celeiros e vendeu víveres aos egípcios. Mas a penúria cresceu no Egito.

E de toda a terra vinha-se ao Egito comprar trigo a José, porque a fome era violenta em toda a terra.

Os filhos de Israel chegaram, pois, no meio de uma multidão de outros para comprar víveres, porque a fome reinava na terra de Canaã.

José era o governador de toda a região, e era ele quem vendia o trigo a todo o mundo. Desde sua chegada, os irmãos de José prostraram-se diante dele com o rosto por terra.

José reconheceu-os imediatamente, mas, comportando-se com eles como um estrangeiro, disse-lhes com rudeza:

“Donde vindes?” “Da terra de Canaã, responderam eles, para comprar víveres.”
E mandou metê-los numa prisão durante três dias.

No terceiro dia, José disse-lhes: “Fazei isto, e vivereis, porque sou cheio do temor a Deus.

Se sois gente de bem, que um dentre vós fique detido em prisão; e os outros partam levando o trigo para alimentar vossas famílias.

Trazei-me então vosso irmão mais novo, para que eu possa verificar a verdade de vossas palavras, e não morrereis.” Foi o que fizeram.

Disseram uns aos outros: “Em verdade, expiamos o crime cometido contra o nosso irmão, porque víamos a angústia de sua alma quando ele nos suplicava, e não o escutamos! Eis por que veio sobre nós esta desgraça!”

“Não vos tinha eu dito, disse-lhes Rubem, para não pecardes contra o menino?

Não quisestes ouvir-me, e eis agora que nos é reclamado o seu sangue!”
Ora, não sabiam que José os compreendia, porque lhes tinha falado por meio de um intérprete.

E José afastou-se deles para chorar. Voltou em seguida e falou-lhes; e escolheu Simeão, ao qual mandou prender na presença deles.
Palavra do Senhor.

Mas os desígnios do Senhor são para sempre

Salmo Responsorial 32/33
Sobre nós, venha, Senhor, a vossa graça,
da mesma forma que em vós nós esperamos!

Dai graças ao Senhor ao som da harpa,
na lira de dez cordas celebrai-o!
Cantai para o Senhor um canto novo,
com arte sustentai a louvação!

O Senhor desfaz os planos das nações
e os projetos que os povos se propõem.
Mas os desígnios do Senhor são para sempre,
e os pensamentos que ele traz no coração,
de geração em geração, vão perdurar.

Mas o Senhor pousa o olhar sobre os que o temem
e que confiam, esperando em seu amor,
para da morte libertar as suas vidas
e alimentá-los quando é tempo de penúria.

Convertei-vos e crede no Evangelho, pois o reino de Deus está chegando! (Mc 1,15).

Evangelho (Mateus 10,1-7)

Naquele tempo, Jesus reuniu seus doze discípulos.
Conferiu-lhes o poder de expulsar os espíritos imundos e de curar todo mal e toda enfermidade.

Eis os nomes dos doze apóstolos: o primeiro, Simão, chamado Pedro; depois André, seu irmão. Tiago, filho de Zebedeu, e João, seu irmão.

Filipe e Bartolomeu. Tomé e Mateus, o publicano. Tiago, filho de Alfeu, e Tadeu.

Simão, o cananeu, e Judas Iscariotes, que foi o traidor.

Estes são os Doze que Jesus enviou em missão, após lhes ter dado as seguintes instruções:

“Não ireis ao meio dos gentios nem entrareis em Samaria; ide antes às ovelhas que se perderam da casa de Israel.

Por onde andardes, anunciai que o Reino dos céus está próximo”.
Palavra da Salvação.

Jesus chamou os doze discípulos a serviço da vida.

O número doze, relativo aos primeiros apóstolos, não é casual.

Ele se reveste de uma rica simbologia, cara ao mundo judaico, por evocar as antigas doze tribos de Israel, e chamar a atenção para o novo Israel que estava para nascer.

Assim sendo, os doze apóstolos seriam o germe do Israel escatológico, sem qualquer limite de raça, povo, língua, cultura ou nação.

Deixando de lado a Lei mosaica, doravante este novo povo pautaria sua vida pelos valores do Reino dos Céus, explicitados no Sermão da Montanha.

Dessa forma, o novo Israel nasceu sob o signo do serviço à vida.

Por isso, ao ser chamado, foi-lhe dada como tarefa: expulsar os espíritos impuros e curar toda sorte de doença e enfermidade.

Por conseguinte, deveria eliminar tudo quanto põe em risco a vida, ou a debilita, de forma que a humanidade seja reabilitada.

Dessa maneira, essa nova humanidade era constituída por pessoas com os caracteres mais diversos.

Afinal, quanta diferença entre Pedro e Judas Iscariotes, entre Felipe e Tomé!

Entretanto, mesmo assim foram convocados para formar uma comunidade solidária e fraterna, em torno do Mestre, pronta a entregar-se ao serviço da evangelização da humanidade.

Portanto, fica evidente que Jesus sabia muito bem o que queria, quando constituiu seu grupo de auxiliares diretos.

Oração
Espírito que recria, dá forças à Igreja para que assuma seu papel de servidora da vida, de re-humanizadora da humanidade e formadora de um povo novo e solidário.

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