Liturgia Diária

Jesus Cristo é reconhecido pela nossa fé

Assim, Jesus Cristo percorria todas as cidades e aldeias dando testemunho de sua fé.

Diante disso, a ação de Jesus Cristo suscitou reações contraditórias.

Liturgia do Dia 9 de Julho – Terça-feira
SANTA PAULINA DE JESUS RELIGIOSA E VIRGEM

A estrada dos justos é como a luz, cresce do amanhecer até o pleno dia (Pr 4,18)

Oração do dia
Ó Deus onipotente e eterno, que exaltais os humildes e simples e conduzistes a santa Paulina pelo caminho da santidade através da provação, do trabalho humilde e da oração constante, concedei-nos, por seu auxílio e a seu exemplo, suportar com fortaleza os sofrimentos de cada dia e encontrar a plenitude de vossa graça no serviço às pessoas, especialmente às mais necessitadas. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

Leitura (Gênesis 32,23-33)

Naquela mesma noite ele se levantou com suas duas mulheres, suas duas servas e seus onze filhos e passou o vau do Jaboc.

Tomou-os, e os fez passar a torrente com tudo o que lhe pertencia.
Jacó ficou só; e alguém lutava com ele até o romper da aurora.

Vendo que não podia vencê-lo, tocou-lhe aquele homem na articulação da coxa e esta deslocou-se, enquanto Jacó lutava com ele.

E disse-lhe: “Deixa-me partir, porque a aurora se levanta.”
“Não te deixarei partir respondeu Jacó, antes que me tenhas abençoado.”

Ele perguntou-lhe: “Qual é o teu nome?” “Jacó.”


“Teu nome não será mais Jacó, tornou ele, mas Israel, porque lutaste com Deus e com os homens, e venceste.”

Jacó perguntou-lhe: “Peço-te que me digas qual é o teu nome.” “Por que me perguntas o meu nome?”, respondeu ele. E abençoou-o no mesmo lugar.

Jacó chamou àquele lugar Fanuel: “porque, disse ele, eu vi a Deus face a face, e conservei a vida”.
O sol levantava-se no horizonte, quando ele passou Fanuel. E coxeava de uma perna.

É por isso que os israelitas, ainda hoje, não comem o nervo da articulação da coxa, porque aquele homem tinha tocado nesse nervo da articulação da coxa de Jacó.
Palavra do Senhor.

Mostrai-me vosso amor maravilhoso, vós que salvais e libertais.

Salmo Responsorial 16/17
Verei, justificado, vossa face, ó Senhor!

Ó Senhor, ouvi minha justa causa,
escutai-me e atendei o meu clamor!
Inclinai o vosso ouvido à minha prece,
pois não existe falsidade nos meus lábios!

De vossa face é que me venha o julgamento,
pois vossos olhos sabem ver o que é justo.
Provai meu coração durante a noite,
visitai-o, examinai-o pelo fogo,
mas em mim não achareis iniqüidade.

Eu vos chamo, ó Deus, porque me ouvis,
inclinai o vosso ouvido e escutai-me!
Mostrai-me vosso amor maravilhoso,
vós que salvais e libertais do inimigo
quem procura a proteção junto de vós.

Protegei-me qual dos olhos a pupila,
e guardai-me à proteção de vossas asas.
Mas eu verei, justificado, a vossa face
e, ao despertar, me saciará vossa presença.

Eu sou o bom pastor, conheço minhas ovelhas e elas me conhecem, assim fala o Senhor (Jo 10,14).

Evangelho (Mateus 9,32-38)

Naquele tempo, apresentaram-lhe um mudo, possuído do demônio.
O demônio foi expulso, o mudo falou e a multidão exclamava com admiração:

“Jamais se viu algo semelhante em Israel”.
Os fariseus, porém, diziam: “É pelo príncipe dos demônios que ele expulsa os demônios”.

Jesus percorria todas as cidades e aldeias.
Ensinava nas sinagogas, pregando o Evangelho do Reino e curando todo mal e toda enfermidade.

Vendo a multidão, ficou tomado de compaixão, porque estava enfraquecida e abatida como ovelhas sem pastor.

Disse, então, aos seus discípulos: “A messe é grande, mas os operários são poucos.

Pedi, pois, ao Senhor da messe que envie operários para sua messe”.
Palavra da Salvação.

Jesus Cristo é reconhecido pela nossa fé

Na liturgia desta terça-feira, somos motivados a cada dia mais reconhecer Jesus Cristo como nosso Messias salvador tão somente por nossa fé.

Dessa forma, devemos ter plena convicção que os milagres de Jesus não visavam impor às pessoas o reconhecimento de sua messianidade.

Aliás, Jesus não tinha como controlar as interpretações de suas palavras e gestos.

Pois, muitos sentidos foram dados a eles. Assim, tudo dependia do modo como eram acolhidos.
Diante disso, a ação de Jesus suscitou reações contraditórias.

Assim, vemos o exemplo da cura de um possesso mudo que levou as multidões a confessarem jamais terem visto algo semelhante em Israel.

Entretanto, os seus adversários declarados, os fariseus, consideraram o mesmo gesto fruto de um poder demoníaco atuado através de Jesus.

Por isso, a benevolência das multidões contrastava-se com a malevolência farisaica.

Dessa maneira, os milagres eram apenas uma porta de entrada no mistério da pessoa de Jesus Cristo e apontavam para algo novo e extraordinário acontecendo na história humana.

Assim sendo, quem estivesse predisposto a abrir e doar seu viver para Jesus Cristo acolhia sua mensagem, percebia o dedo de Deus escondido atrás de sua ação e reconhecia o Reino de Deus acontecendo através dele.
E a partir disso, o identificava como o Filho de Deus agindo com o poder conferido pelo Pai.

Em outras palavras, entrava na dinâmica da fé.

Por outro lado, os milagres serviam para respaldar as palavras de Jesus.
Ele era sim, o Messias por palavras e por obras.

As obras prodigiosas, ao revelarem ser Jesus possuidor de um poder próprio de Deus, eram uma demonstração da autoridade com a qual falava.
Portanto, tantos os milagres de Jesus quanto seus ensinamentos revestiam-se de autoridade divina.

Oração
Senhor Jesus, leva-me a reconhecer o dedo de Deus escondido em teus gestos prodigiosos.