Liturgia Diária

Amigos em comunhão pelo Reino de Deus

Assim, como amigos somos motivados por Jesus a seguir firmes na fé.

Diante disso, somos ainda hoje, convidados a ser ainda mais amigos de Cristo

Oração do dia
Preparai, ó Deus, nossos corações para vivermos dignamente os mistérios pascais, a fim de que esta celebração realizada com alegria nos proteja por sua força inesgotável e nos comunique a salvação. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

Leitura (Atos 15,22-31)

Então pareceu bem aos apóstolos e aos anciãos com toda a comunidade escolher homens dentre eles e enviá-los a Antioquia com Paulo e Barnabé:

Judas, que tinha o sobrenome de Barsabás, e Silas, homens notáveis entre os irmãos.

Por seu intermédio enviaram a seguinte carta: “Os apóstolos e os anciãos aos irmãos de origem pagã, em Antioquia, na Síria e Cilícia, saúde!

Temos ouvido que alguns dentre nós vos têm perturbado com palavras, transtornando os vossos espíritos, sem lhes termos dado semelhante incumbência.

Assim nós nos reunimos e decidimos escolher delegados e enviá-los a vós, com os nossos amados Barnabé e Paulo, homens que têm exposto suas vidas pelo nome de nosso Senhor Jesus Cristo.

Enviamos, portanto, Judas e Silas que de viva voz vos exporão as mesmas coisas.

Com efeito, pareceu bem ao Espírito Santo e a nós não vos impor outro peso além do seguinte indispensável: que vos abstenhais das carnes sacrificadas aos ídolos, do sangue, da carne sufocada e da impureza.

Dessas coisas fareis bem de vos guardar conscienciosamente. Adeus!”
Tendo-se despedido, a delegação dirigiu-se a Antioquia. Ali reuniram a assembléia e entregaram a carta.

À sua leitura, todos se alegraram com o estímulo que ela trazia.
Palavra do Senhor.

Dessa forma, somos amigos e não servos.

Salmo Responsorial 56/57
Vou louvar-vos, Senhor, entre os povos.

Meu coração está pronto, meu Deus,
está pronto o meu coração!
Vou cantar e tocar para vós:
desperta, minha alma, desperta!
Despertem a harpa e a lira,
e irei acordar a aurora!

Vou louvar-vos, Senhor, entre os povos,
dar-vos graças por entre as nações!
Vosso amor é mais alto que os céus,
mais que as nuvens a vossa verdade!
Elevai-vos, ó Deus, sobre os céus,
vossa glória refulja na terra!

Eu vos chamo meus amigos, pois vos dei a conhecer o que o Pai me revelou (Jo 15,15)

Evangelho (João 15,12-17)

Disse Jesus: “Este é o meu mandamento: amai-vos uns aos outros, como eu vos amo.

Ninguém tem maior amor do que aquele que dá a sua vida por seus amigos.
Vós sois meus amigos, se fazeis o que vos mando.

Já não vos chamo servos, porque o servo não sabe o que faz seu senhor. Mas chamei-vos amigos, pois vos dei a conhecer tudo quanto ouvi de meu Pai.

Não fostes vós que me escolhestes, mas eu vos escolhi e vos constituí para que vades e produzais fruto, e o vosso fruto permaneça.

Eu assim vos constituí, a fim de que tudo quanto pedirdes ao Pai em meu nome, ele vos conceda.
O que vos mando é que vos ameis uns aos outros”.
Palavra da Salvação.

Amigos em comunhão pelo Reino de Deus

Hoje somos motivados a reconhecer ainda mais, que antes de tudo somos e devemos buscar ser verdadeiros amigos do Reino em comunhão com Jesus.

Por isso, Jesus rompeu a visão rígida de discipulado que vigorava em sua época, recusando-se considerar seus discípulos como servos, por considerá-los como amigos.

Pois, Ele não era um rabino a mais, preso a esquemas incompatíveis com o Reino. Sua postura foi inovadora.

Assim, o Mestre da amizade, nos mostra que o esquema servo-senhor era-lhe insuficiente para expressar seu modo de considerar os discípulos.

Um patrão não tem satisfações a dar a seus empregados, uma vez que são considerados como meros executores das ordens recebidas.

Pois, os laços de comunhão entre eles são frágeis, pois o empregado, quase sempre, quer ver-se livre da tutela do seu patrão.

Dessa forma, fica claro que lhes falta o amor de verdadeiros amigos.

Assim sendo, o esquema amigo-amigo revela o que Jesus pretende ser para os seus discípulos.

Dessa maneira, na amizade vemos afeto, comunhão de interesses e busca de ideais comuns.

Embora correndo o risco de ser rompida, a amizade autêntica tende a ser estável.

Nela, um amigo não se sente tutelado pelo outro. Tudo se fundamenta na liberdade e no respeito.
Diante de tal conjuntura de amor, Jesus convoca seus discípulos amigos.

Chamou a cada um por decisão pessoal. Comunicou-lhe tudo quanto aprendeu do Pai.
Assumiu-os como colaboradores em sua missão.

Não lhes impôs normas ou regras, a não ser o mandamento do amor mútuo.

Manifestou-lhes, até o extremo, seu bem-querer, a ponto de dar a vida por eles, seus verdadeiros amigos.

Assim sendo, somos ainda hoje, convidados a ser ainda mais amigos de Cristo para vivermos melhor nossa missão de evangelizadores.

Oração
Espírito que constrói amizade reforça os laços que me unem a Jesus e aos meus semelhantes.